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Por: Sandra Carvalho Em 18 de outubro de 2022
“Vocês falaram muito do passado, e isso não me interessa. O que eu quero é saber o que vocês estão pensando do futuro”, disse José Costa em uma das últimas reuniões que participou com a diretoria do DIÁRIO DO COMÉRCIO, nos idos de 1994. Trazendo para os dias atuais, a resposta a essa indagação feita pelo fundador do jornal é: o DC pretende se manter firme como mídia propositiva, responsável e transformadora pelos próximos 90 anos.
“Queremos continuar sendo um jornal provocador de debates e articulador, que assume sua responsabilidade para construção de um mundo mais justo, igualitário e próspero em todos os sentidos e sem deixar ninguém para trás”, definiu a presidente do DC, Adriana Costa Muls, quando indagada sobre o futuro da publicação, em entrevista sobre a história do jornal
Segundo ela, a ideia é que o jornal continue sendo palco de debates conscientes e fonte de conhecimento em prol do desenvolvimento. Por meio de todas as ferramentas e recursos digitais, o DC pretende manter a reflexão sobre os impactos e os papéis de tudo e de todos para a construção de um mundo melhor.
“É urgente a articulação dos setores produtivos, das lideranças e da sociedade civil organizada para conversar, debater e propor soluções para questões que não podem mais ser jogadas para debaixo do tapete. Se queremos um mundo melhor, sustentável e responsável com as pessoas e o ambiente, precisamos, cada um de nós, nos apropriar de nossas responsabilidades com as transformações necessárias”, informou a presidente.
Esse movimento, diz Adriana, é garantia de longevidade e de oportunidades de negócios. “Não é mais eu, somos nós. Somos seres e setores integrados. Mas o senso da urgência em relação às ações necessárias ainda não está sendo percebido como deveria. Essa visão vem acontecendo por parte do setor produtivo, mas devagar”, observou.
É exatamente pela compreensão de que algo precisa mudar que surgem movimentos da Nova Economia, como Economia Verde, Agenda ESG, Economia Regeneradora e o Capitalismo Consciente. “Foi por isso que, em 2015, a ONU instituiu os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. E é com este espírito que o DC celebra seus 90 anos e pretende seguir seu caminho”, reforçou.
Nesse sentido, o jornal planeja continuar seguindo uma linha editorial que vai além de noticiar os fatos econômicos. “Qual é o jornalismo que a nossa sociedade precisa hoje? É exatamente esse que assume a responsabilidade de propor debates e apontar caminhos para os principais problemas. E é possível colocar esse olhar responsável em todas as apurações diárias da nossa reportagem. E nossa equipe está muito bem sintonizada nesse propósito”.
Ainda sobre o futuro, Adriana acrescenta que o jornal também pretende manter o papel de agregador das classes produtoras de Minas Gerais, iniciado por José Costa desde o nascedouro do DC. “Não apenas noticiando sobre os setores, mas encontrando convergências de propósitos, e conclamando as empresas de diversos segmentos a se apropriarem de seu papel social e ambiental”.
Os vários recursos de apresentação da informação – texto, podcasts, vídeos, infografias interativas, entre outros – vieram para ficar. O aperfeiçoamento do trabalho nesse sentido e a apresentação em diferentes plataformas faz parte do presente e dos planos do DIÁRIO DO COMÉRCIO para o futuro. Mas, como bem define a presidente do DC, Adriana Muls, tudo é um processo.
“São quase 90 anos com a produção voltada ao jornalismo impresso. Então, não é algo simples. É uma mudança de cultura, de mindset, mas que está acontecendo. Estamos num processo de transformação da cultura digital. Enxergamos possibilidades e estamos experimentando o que realmente funciona”.
Alguns conceitos já foram alterados nesse sentido. “A gente hoje fala em audiência não mais em leitores. Uma grande oportunidade que estamos tendo de trabalhar nesse sentido é a produção de conteúdo multimídia para presentear a audiência a partir da celebração dos 90 anos. Temos feito superproduções. A gente está evoluindo nas entregas, mas temos muito a fazer. Esse é o movimento do futuro e o grande desafio”, completou.
Nove décadas em prol do desenvolvimento