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Mina mais profunda do Brasil está em Sabará

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Por: Sandra Carvalho Em 9 de agosto de 2022

Extensão da profundidade da mina de Cuiabá é superior à altura do Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo | Crédito: AngloGold Ashanti /Divulgação

Outro destaque na trajetória da hoje chamada AngloGold Ashanti é a mina de Cuiabá, em Sabará, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A aquisição da jazida veio no primeiro plano de expansão da Saint John Del Rey Mining Company, em 1878. A operação – que chegou a ser interrompida por um período, mas retomada após a adoção de tecnologias que permitiram sua continuidade – é uma das mais antigas do País. A mina também se destaca por ser a mais profunda do Brasil. São 1.400 metros subsolo abaixo, com dois acessos, sendo um para veículos e outro por elevador.

“O elevador percorre 890 metros, divididos em 11 níveis. Gasta-se, aproximadamente, seis minutos para fazer esse trajeto”, informou o presidente de Sustentabilidade da AngloGold Ashanti, Lauro Amorim. Para se ter uma ideia, a extensão da profundidade da mina de Cuiabá é superior à altura do Burj Khalifa, o prédio mais alto do mundo que fica em Dubai, nos Emirados Árabes. O Burj Khalifa tem 828 metros e 163 andares.

“É uma mina operada com segurança e tecnologia de ponta. Há operação com equipamentos autônomos, tem wi-fi em toda a sua extensão e todos os funcionários são monitorados o tempo todo. Qualquer evento inesperado, sabemos exatamente onde está o funcionário”, ressaltou Amorim.

Segundo ele, a profundidade da mina Cuiabá pode ficar ainda maior. “Existem minas mais profundas no mundo. Essas experiências nos dão uma visão de futuro, de que é possível aprofundar mais e com segurança. Existindo o corpo mineral – e nós acreditamos que ele exista no caso da mina de Cuiabá -, pode-se usar novas tecnologias já disponíveis e utilizadas com sucesso em outros países”, destacou.

Nosso tradicional “uai” teria origem nos ingleses

O legado dos ingleses em Nova Lima vai além da mineração. Eles também contribuíram para os esportes e para a gastronomia da região. Porém, talvez uma das maiores riquezas surgidas a partir desses estrangeiros da Morro Velho para Minas Gerais seja algo incorporado ao vocabulário: o tradicional “uai”. A interjeição, que pode significar dúvida, surpresa ou espanto, transformou-se em uma espécie de identidade de origem do povo mineiro.

“Uma das versões que se tem  da história do ‘uai’ é de que os ingleses trabalhando na mina com as pessoas que residiam por aqui (Nova Lima) não conseguiam compreender o que os trabalhadores falavam e começaram a perguntar ‘why?, why?’ (por que, em inglês) em diversas situações. E isso foi incorporado ao vocabulário da região. Essa versão da história do ‘uai’ está contada no Centro de Memórias da AngloGold Ashanti em Nova Lima”, informou Lauro Amorim.

E na gastronomia, um bolo bastante conhecido em Nova Lima chamado Queca, também tem origem nos hábitos dos trabalhadores ingleses da Saint John Del Rey Mining Company e suas famílias, como um acompanhamento do Chá das cinco. “Queca, que vem do cake (bolo, em inglês), começou como um bolo inglês, mas ganhou uma versão mineira, com frutas cristalizadas, conhaque e uma forma de fazer tradicional. É delicioso”, relatou Amorim.

A mistura de hábitos e costumes também deu origem, há 114 anos, ao Villa Nova Atlético Clube, antigamente chamado Villa Nova Athletic Club e hoje conhecido como apenas Villa ou Leão do Bonfim. “O time foi fundado por trabalhadores ingleses. O futebol já existia na Inglaterra e também marca essa troca cultural”.

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